A decisão de deixar o Reino Unido da UE está sendo implementada contra a vontade dos escoceses, e é por isso que a Escócia deve se tornar independente, disse o primeiro-ministro escocês Nicola Sturgeon na quinta-feira, comentando o acordo entre Londres e Bruxelas sobre as relações entre as partes após Brexit.
"Antes que a confusão comece, vale a pena lembrar que Brexit está sendo implementada contra a vontade dos escoceses", ela lembrou no Twitter.
"E não haverá nenhum acordo que jamais compensará o que Brexit nos tirou". É hora de traçarmos nosso próprio futuro como uma nação européia independente", acrescentou a ministra.
No início da quinta-feira, ficou conhecido que a UE e a Grã-Bretanha haviam conseguido chegar a um acordo sobre as relações futuras após Brexit. Esta informação, em particular, foi confirmada pela chefe da Comissão Européia, Ursula von der Leyen, e pelo primeiro-ministro britânico Boris Johnson.
O referendo sobre a independência escocesa foi realizado em 18 de setembro de 2014. Na época, 55% dos escoceses votaram para que a Escócia continuasse a fazer parte da Grã-Bretanha.
Entretanto, o Partido Nacional Escocês, liderado por Sturgeon, está pressionando para um segundo referendo sobre a independência regional, citando o fato de que a maioria dos escoceses votou contra a saída da Grã-Bretanha da UE em 2016.