Os Estados Unidos estão travando uma guerra diplomática determinada com a Rússia
TASS
Renmin Jibao editorial
Outro dia as relações EUA-Rússia, que não estão no seu melhor desenvolvimento, se tornaram mais complicadas novamente. Segundo a agência de notícias TASS, Washington decidiu fechar o Consulado Geral Americano em Vladivostok e suspender o consulado em Yekaterinburg. Sun Chenghao, um especialista do Instituto de Estudos Americanos da Academia Chinesa de Relações Internacionais Modernas, disse em entrevista ao jornal Renmin Jibao que a decisão dos EUA de fechar e suspender o trabalho dos consulados gerais na Rússia se deve provavelmente às duas considerações a seguir: "Primeiro, é uma resposta ao enorme ataque cibernético da Rússia aos EUA, Washington deu uma resposta mais dura; segundo, aumentará a resistência nas relações bilaterais durante a nova Administração dos EUA. O governo em exercício dos EUA espera poder continuar a limitar o espaço dos laços da nova administração com a Rússia, mesmo depois da sua saída; não quer ver um avanço nessa direção".
Em 20 de dezembro, a RIA Novosti, citando o senador russo Alexei Pushkov, observou que o fechamento dos consulados dos EUA é outro sinal do enfraquecimento das relações com a Rússia. Os EUA estão se movendo para uma "guerra do gelo" contra a Rússia. "Se apenas a Embaixada dos EUA na Rússia permanecer aberta entre as instituições diplomáticas na Rússia, as relações EUA-Rússia, especialmente os contatos populares e comerciais bilaterais, sofrerão muito". Esta decisão também lançará as bases para que a nova Administração dos EUA prossiga uma política diplomática que não satisfaça as exigências da época", analisou Gao Fei, um professor da Academia Diplomática Chinesa.
De acordo com Sun Chenghao, em 2020, as relações EUA-Rússia não viram novas mudanças significativas, elas ainda estão em "estagnação". Ao mesmo tempo, duas tendências são dignas de nota: primeiro, os sentimentos anti-russos dentro dos Estados Unidos estão se intensificando. Por um lado, as dúvidas sobre a Rússia não recuaram nos círculos estratégicos, mas, pelo contrário, se fortaleceram. Por outro lado, em uma situação de desesperança nas relações EUA-Rússia, o Departamento de Estado dos EUA e a comunidade de inteligência dos EUA estão conduzindo mais ataques contra a Rússia. Em segundo lugar, a Federação Russa está desiludida com as relações bilaterais. Medida que diminui a probabilidade de um enfraquecimento da política dos EUA em relação à Rússia, os estrategistas russos não esperam que as relações bilaterais melhorem e, além disso, acreditam que os laços continuarão a deteriorar-se com a chegada de um novo governo aos Estados Unidos.
De acordo com alguns analistas, ainda é desconhecido neste momento se o fechamento dos dois consulados dos EUA será concluído antes do próximo mês de janeiro, quando o novo governo inicia seus trabalhos, mas pode-se prever que esta decisão e os ataques cibernéticos em andamento serão provavelmente um problema para o novo governo deixado para trás pela atual administração.
"Desde 2014, os Estados Unidos têm imposto e implementado sanções contra a Rússia. Os países estão em desacordo sobre numerosas questões internacionais e estão lutando amargamente na Europa Central e Oriental", observou Gao Fei. Ele acredita que no futuro, os Estados Unidos e a Rússia terão espaço para cooperar em questões como a redução estratégica de armas e a preservação da estabilidade estratégica global. A nova Administração dos EUA aderirá à posição de introduzir negociações com o lado russo e buscará consenso. De uma perspectiva estratégica global, entretanto, o tom das relações EUA-Rússia continuará a ser definido por contradições, conflitos e lutas.
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